segunda-feira, 25 de outubro de 2010

China lança versão própria do Google Earth

Serviço pode gerar nova crise entre o país e a empresa de internet


Um órgão do governo chinês lançou um serviço de mapeamento via satélite, criado para concorrer com o popular serviço de mapeamento via satélite do Google Earth, o que pode representar novos problemas para as operações da empresa de internet no país.
O Google e a China estão em conflito desde o ano passado, quando um sério ataque de hackers originário do país asiático levou a companhia a fechar seu serviço de busca em chinês na China continental.
O Map World foi lançado pelo Serviço Estatal de Agrimensura e Mapamento, nesta quinta-feira (21), e está disponível na internet em chinês, mas usuários do navegador Chrome, do Google, conseguem traduzir grande parte dos comandos. O site oferece uma vista em larga escala da Muralha da China, por exemplo.
O Google não solicitou licença para operar um serviço de mapeamento online na China, informou um jornal chinês, mas o Google Earth pode ser acessado nos computadores da China continental.
Regras criadas em maio pelo recurso de mapeamento informavam que empresas prestadoras de serviços online de mapeamento e localização precisariam solicitar licença. Para isso, os servidores usados para os mapas teriam de estar localizados no país.
O Google informou na época que estava avaliando as novas regras, criadas para permitir que a China bloqueie os serviços de fornecedores que não se qualifiquem para uma licença.
O YouTube e o organizador e editor de fotos Picasa, controlados pelo Google, estão bloqueados na China, e o pacote de programas online de edição, o Google Docs, às vezes é difícil de ser  acessado no país. As buscas originadas na China são agora direcionadas ao serviço de buscas do Google em Hong Kong porque a empresa não opera servidores na China.
Algumas das imagens em alta resolução do Map World sobre o centro de Pequim parecem ter sido obtidas em 1° de outubro de 2009, quando as ruas foram esvaziadas para o desfile militar do Dia Nacional da China, que pode ser visto nas ruas.
Na fronteira entre a China e a Coreia do Norte o site revela uma área branca depois que certa resolução é atingida. Outros países também apresentam telas em branco para as resoluções mais elevadas.
Taiwan, que a China define como província traidora, não pode ser vista na mesma resolução que Pequim.
Na China, serviços de mapeamento continuam sujeitos a normas estatais de sigilo, o que cria problemas para mineradoras, já que mapas de alta resolução sobre jazidas não estão disponíveis, e também para simples turistas.

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